Dos amigos que conheço, todos têm asas. São seres de sensibilidade, mas nem sempre se reconhecem assim: alados, capazes de superar obstáculos pelo hábito santo de manter a alma leve, liberando mais altos voos.
Meus amigos alados às vezes se esquecem que têm asas, e se sentem frágeis; logo se afligem e lutam em nome dos limites, ordens e dogmas de suas crenças…
Mas são salvos quando veem Beleza: como diz Platão, sentem que têm asas – e isso, por si só, já faz toda a diferença…
Todos os dias
desejo aos meus amigos a expressão mais bela da alma, neste voo leve pelo caminho essencial da Liberdade.
(Lúcia Magalhães – Ilustração de Luiz Goulart))