Bahá’u’lláh, a “Glória de Deus” – eis o título respeitoso conferido a Mirzá Hussayn Ali. Ele nasceu em Teerã, antiga Pérsia, em 12 de novembro de 1817, no seio de família ilustre. Criança ainda e sem ter frequentado escola, chamou atenção pelo gosto da leitura, desvendando com os sábios os textos mais intrincados das Escrituras – e por ajudar anonimamente pessoas necessitadas. Quando ficou adulto, abriu mão de um alto posto na corte: queria seguir a Nova Fé que o Báb anunciava.
Houve uma grande adesão popular a esta reforma mais terna e mística do Islamismo Ortodoxo – e por isso seu líder (o Báb) foi perseguido e morto, com o sacrifício de milhares de fiéis seguidores.
No Oriente Médio do séc. XIX, Bahá’U’lláh se tornou o mais digno exemplo da Paz e da Não-Violência – contraste corajoso com as turbulências políticas e religiosas de seu tempo. Contudo, após o martírio do Báb, prenderam Bahá’u’lláh em 1852 e o lançaram em obscuro calabouço – o “Poço Negro”, em Teerã – onde lhe foi revelada internamente sua divina Missão. Peregrinou daí por diante por quase 45 anos de prisão em prisão, de exílio em exílio – prisioneiro do mundo, mas livre para escrever epístolas e advertir os governantes e líderes religiosos da Terra: era urgente observar a importância do entendimento e colaboração entre os povos. Sem temer fanatismo ou intolerância, suplicava mútua indulgência entre maometanos, judeus e cristãos, filhos de um mesmo Amor.
Bahá’u´lláh afirmava que dentre as palavras elevadas, a Unidade era a mais sublime: “De uma só Árvore sois todos vós os frutos, e de um mesmo ramo as folhas”. Toda a sua dedicação influenciou corações despertos, muito além das fronteiras do Irã: nosso próprio movimento pacifista se inspirou num de seus princípios: A PAZ UNIVERSAL.
São doze os princípios de Bahá’u’lláh: clamou pela Unidade do Gênero Humano; para que as religiões não fossem causa de separação, mas de união de consciências; pela igualdade entre homens e mulheres; pela aliança entre Ciência e Religião; pela independente pesquisa da Verdade, sem intermediação do clero; indicou a educação como meio de libertação da ignorância e de todo o preconceito; clamou por um Tribunal Mundial e pela solução espiritual dos problemas econômicos; sugeriu um idioma para todos e suplicou pela Paz Universal.
O Báb (“Porta”) deu as sementes do Ideal, no canteiro do sacrifício e Bahá’u’lláh as semeou; após a sua morte, em 1872, aos 75 anos, seu devotado filho, Abdu’l-Bahá fez tornar conhecida mundialmente a Mensagem tão urgente do PROFETA DA UNIDADE.
PRECE DA CURA
Teu nome é minha cura, ó meu Deus, e lembrar-me de ti é meu remédio. Tua proximidade é minha esperança, e o amor que te dedico meu companheiro. Tua misericórdia por mim é minha cura e meu socorro, tanto neste mundo como no mundo vindouro. Tu, em verdade, és o Todo-Generoso, o Onisciente, a Suprema Sabedoria.