(Maximo Ribera)
Está de volta o tempo feliz. Nasce novamente um deus-menino. Dois exércitos se confrontando cessam fogo e os “inimigos” se abraçam como irmãos, à meia-noite, num culto à vida, quando se anuncia o grande evento. Minutos depois, pegam nas armas e recomeçam o culto à morte.
Que mistério envolve esse contraste no comportamento humano? Durante a comemoração do Natal nos tornamos amáveis, o astral das cidades parece melhor, muita canção, troca de mimos entre jovens, velhos e crianças. O magnetismo deste tempo, ignorando os excessos do comércio, é realmente mágico. Parecemos melhores, mais evoluídos.
No entanto, o estado guerreiro coletivo apenas faz uma pausa nas batalhas de grupos, que logo retomam suas posições habituais de antifraternidade nas competições pela sobrevivência, nivelando os ambientes de convívio com os campos de batalha. Passa o Natal, o cessar-fogo acaba. É o loop social.
Felizmente há um bom número de seres humanos que entendem ser a comemoração do nascimento do deus-menino uma lembrança do despertar do Cristo em nosso íntimo. Esses não fazem guerra, e velam junto à manjedoura de seus corações – com atos de bondade, amor ao próximo e respeito às coisas santas – a luz crística que um dia acenderá em suas vidas, consolidando o verdadeiro e definitivo Natal.
Que esse número de reconhecidos filhos de Deus se multiplique, para a harmonia retornar ao planeta Terra e todos os deuses e anjos que nos visitaram no passado da humanidade retornem e convivam novamente conosco.
Um feliz Natal Crístico a todos!