Alvorada de Amor

By | 18 de janeiro de 2022
Ilustração: Luiz Goulart

Aos que levaram canções
De minha alma,
Na distância da separação
Deixo meu canto de amor
E saudade.

Não creio que o tempo
Dissolva marcas de luz e sol
No bordado da amizade.
As flores que nós vimos juntos…
O céu que, em estrelas,
Fitou nossos abraços
As lágrimas de nossos olhos
O sorriso em nossas bocas…
Tudo, na dor e na alegria, formou além
Indissolúveis laços.

É questão de ver o bem
E nunca o mal Pois quem não tem
Acertos e desenganos?
Afinal, todos nós somos humanos.


Importa não guardar
Ressentimento,
Nem fazer ninho de treva
No coração
Sempre malferido,
Quando não se acende
A estrela clara do perdão.

-Olha os momentos belos
Do caminho
Que marcaram nossos passos!
Relembra a rosa,
Esquece o espinho…

Um dia, vamos deixar a Terra.
Será hoje, agora
Ou amanhã?
Não. Não deixemos que o final
Guarde o crepúsculo
Feito de sombra e rancor:
-Nada foi ou é mais importante
Que ver surgir, da separação,
Uma alvorada de amor.

Texto: Pequena antologia poética – 2018 Segunda edição ampliada

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