No sentimento de tudo o que nos fica, preferimos o silêncio – não como desalento mudo. É hábito natural dos pacifistas e amantes da Não Violência se recolherem para a prática diária e atenta, no seu mundo interior: cultivam um jardim interno, cuidando da floração de sementes lúcidas, inspiradoras de um Mundo Novo. Eles se parecem com sentinelas de uma Alvorada que há de vir…
Esse mundo é a expressão do que o Instrutor Luiz Goulart chamou de “Comunidade sem limites”: seres sensíveis do céu e da terra se unem na mesma sintonia vibratória, fortalecendo os abraços luminosos de todo belo pensamento, ou palavra verdadeira ou atitude bondosa. A morte, e o seu susto, será somente um episódio – eles sabem que viverão ainda quando essas sementes florirem em outras almas, inspirando-lhes auxílio e meios de boas realizações, em favor da Humanidade.
Pacifistas e adeptos da Não Violência fortalecem e ampliam estes laços de luz com muita consciência, em contraste com o necessário e doloroso tempo de kali-yuga – Tempo das Feras! – que nublam de tristeza e violência a paisagem do mundo. Sempre podemos colaborar com a Paz, porque cremos na força criadora da Vida, com sua Poesia que tudo renova, a seu tempo…
Muitos estão silenciosos por medo: nós escolhemos o silêncio vigilante, de modo que o despertar das consciências realize, em plenitude, o que as discussões infrutíferas não puderam. Com simplicidade e definido bem querer, não participamos dos Jogos Competitivos dos Opostos – e apenas praticamos o que os nossos Mestres nos ensinaram: “Violência gera violência, e só o amor constrói para a eternidade!”
Lúcia Magalhães